"(...) Para um hiperactivo, a criação em Portugal também pode ser desesperante?Sim. Completamente. As coisas não acontecem ao ritmo que eu quero.Refere-se ao facto de o argumento do seu segundo filme ter sido excluído da lista dos projectos subsidiados este ano pelo Instituto de Cinema, Audiovisual e Multimédia (ICAM)?Sim. Isso foi algo chocante. Nunca me passou pela cabeça - depois de fazer um filme como Alice, que ganhou prémios em Cannes e na Argentina, e levou cerca de 37 mil pessoas às salas de cinema - vir a ter dificuldade para voltar a filmar. Não faz sentido. Neste momento, já devia estar a rodar o segundo filme e não estou. A política cultural do ICAM é extremamente irresponsável e não tem qualquer linha definida. Eu, pelo menos, não a percebo. Este ano recusaram financiar o meu projecto, mas financiaram o de outros que eu considero demasiado comerciais e, como tal, auto-sustentáveis. (...)"
Excerto da entrevista da Única a Marco Martins (5 de Maio de 2007).
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